quarta-feira, 21 de abril de 2010

Há pessoas assim

Há pessoas assim

Há pessoas que têm uma especial dedicação a coisas, respeito, mas, para mim, o que ainda me consegue maravilhar são as pessoas, ou melhor aquilo que muitas conseguem fazer, ainda que em circunstâncias bem adversas. Desafiam-se a elas próprias, testam os seus limites (o limite é o céu, chegam a dizer ou a sussurar para dentro de si mesmas) e surpreendem. E como!!!

“ O Annapurna já está! E agora, João Garcia?” (Título de uma notícia do jornal “Público” de 18 de Abril, p. 26)

João Garcia já nos habituou a esta excelência (ocorreu-me, neste momento, referir que um jovem mirandelense também se dedica ao alpinisno, com notáveis resultados). Mesmo assim, continua a espantar: tem carisma e está tudo dito.

O seu feito trouxe-me à memória muitas figuras de tamanha envergadura que fizeram história, a História da Humanidade, não a dos feitos, antes a dos ideais. Não a das descobertas, antes a dos efeitos na humanidade. Umas pela positiva, outras pela negativa. Lembrei-me de Katyn, do Holocausto, mas também de Martin Luther King (I have a dream), de Nelson Mandela...
Mais recentemente de homens que perderam a vida, integrando missões da ONU...

Perco-me nestas reflexões, penso o mundo através das pessoas. Sempre dei preferência à história dos homens, não tanto à dos factos. Estes não são causa, são efeito, efeito da acção de homens e mulheres de uma tenacidade quase inimaginável. Exemplos, força da natureza, costumamos dizer. Elementos, como dizia Luís de Camões.

Depois, sou naturalmente moldada para a acção (não me perguntes o que podem fazer por ti, antes o que podes fazer a partir de ti) e acção pode não se traduzir em algo de material. Frequentemente, esquecemos o imaterial, mas é esse lado que diz respeito apenas ao homem e à mulher. O resto pode ser perfeitamente entregue a uma qualquer máquina!

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