quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Maldito tempo que minha alma arrefece




Maldito tempo!
Hoje fizeste-me rasgar
as entranhas de estranhas zangas
perfurando o meu sensível ouvido.

Subi a gola do casaco
azul como a nuvem que me envolve
tornando o meu olhar felino.

Tentei sonhar com o mar,
apetecível de um verão já saudoso.
Impossível!

São as montanhas gélidas
com que me visto e avisto
que cercam o meu sentir poético!

Nem as estrelas que despontam
me iluminam e me dulcificam
neste tempo de frio intrépido.

Nem o branco imaculado,
da neve que foi caindo 
me enternece…

Maldito tempo que minha alma arrefece!

Talvez daqui a pouquinho
faça as pazes contigo
mas agora não me apetece…

OF 26-01-13

8 comentários:

  1. Se for pra te inspirar assim, demora pra fazer as pazes ok? Enquanto isso, do lado de cá do Atlântico um calor "duzinfernus" rsrsrs
    Beijuuss Odete

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    1. Olha, Rê, acho que te dou razão. O frio continua. Pode não inspirar muito mais, mas também não transpira :)

      Bjosss, amiga :)

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  2. Odete, senti o friozinho daqui... bruuuu
    Não gosto mesmo de frio e quando tenho que ir para o norte, vou na primavera ou verão :) Daqui da minha janela avisto o mar... rs.
    Boa semana!! Beijus,

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    1. Alguma inveja, Luma, adoro o mar. Dantes só quase o via e fruía em férias, agora, como vou mais vezes ao Porto para eventos culturais, vejo-o com alguma regularidade. Mas ainda está muito frio para estar na praia!

      Bjoss, amiga :)

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  3. Esta poetisa é grandiosa mesmo,com estas belas

    construções e imagens poéticas,o tempo se

    transformará rapidinho,diante de tanta beleza

    refletida do olhar poético...

    Lindo,lindo,adorei!!

    Beijinho.

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    1. Amiga Suzete. Vais ter uma dose de responsabilidade se eu

      ficar demasiado Convencida!

      Obg, pelas tuas doces palavras...

      Bjo, querida :)

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  4. E eu arrefeço no teu belo poema. Revejo-me nas tuas palavras, o meu ouvido também é muito sensível e tenho tendência a subir a gola do casaco.
    Hoje atrevi-me a sair quando a chuva parou, de repente. Fui premiada: o sol rompeu sem reservas.
    É sempre um enorme prazer ler os teus estados de alma.
    Beijinho, amiga Odete.

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    1. Raios, estava mesmo frio, na altura, mas claro que o poema

      não surge só pelo tempo atmosférico...Contudo é sempre a

      vida que "inspira" os ditos estados de alma.

      Obg, amiga Teresa :)

      Bjuzzz

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