Obra de Vicente Romero
(...) Grilo falante, azucrinamento, falta de palco…Sabia lá! A verdade
é que precisava de ver as palavras a ganharem corpo no papel. Depois,
compunha-o a seu jeito: tirava de um lado, punha de outro, alisava as rugas,
definia os contornos. Só parava quando via a alma.
Nem sempre fora assim. Senhora de si, prosseguia no seu labor e
criava pessoas que manipulava como marionetas.
Até ao dia em que substituiu os espelhos da casa… (…)
Odete Ferreira – 12-07-15